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Cellarius Noisy é uma machinae de encontro de artistas e criadores out of the grid / out of the sight e de criatividades, ideologias e meios de expressão vários e plurais. Cellarius Noisy integra artistas que, embora usem as redes sociais, recusam o espartilho, a normalização e a normativização da expressão e dos conteúdos que estas definem; esta machinae é o seu quarto secreto, interagindo como querem, sobre o que querem e com quem querem.

 

Há duas regras de ouro: queremos que nos visitem e convivam convosco, mas só cá vive quem convidarmos; os artistas da machinae recusam a indigência criativa e estética e a defesa ou prática de ideologias que apelam à violação dos direitos humanos, acolhendo antes a ideia da humanidade diversa e aberta (incluindo o direito de quem autónoma e livremente queira viver como pós-humano). Não veicularemos aqui posições monoculturais exclusivistas e integristas nem um multiculturalismo relativista e autista ao outro; defendemos a interculturalidade, vista sempre como problemática e inacabada em torno da reciprocidade e da dignidade.

 

Nesta machinae tanto podemos querer viver no passado, como no presente ou no futuro ou a viajar entre eles Não acreditamos numa actividade artística que seja mero sucedâneo da acção cívica e política – não será arte - mas também não acreditamos na falácia da arte pela arte; o resto que houver a dizer, cabe a cada um.

 

O código genético de Cellarius Noisy inscreve-se nas experiências anteriores dos seus membros nas áreas do cinema, da música, das artes visuais, da arte multimédia e da escrita. Esta é uma machinae aberta ao multidimensional e ao multimédia, vocacionada para ligar os nossos mundos materiais e imateriais, e explorar o seu potencial de encantamento subversivo e de desmontagem de estatutos artísticos.

 

Para já, e em comum, há registar um amor pela fúria das vanguardas “românticas" do século XX e por um imaginário de contracultura, transformados, no entanto, pela malícia adulta, pela ironia, pelo desencantamento e até por algum humor negro. Tanto se adora o hiper-realismo e as novas tecnologias como as maravilhosas viagens oferecidas por um imaginário que vem da astronomia renascentista até à música aventureira, passando pelos mundos multidimensionais da ficção científica fascinada com a tecnologia, a genética, a virologia ou alterações da condição e modos de vida do que é humano.

 

Este pode ser o tempo de procurar pela magia das aventurosas máquinas pensantes: a das antigas que se perderam e as do presente e do futuro que nunca serão construídas. Ou o tempo de demandar por tragédias algo fraudulentas e épicos desajeitados, andando de mão em mão com o patético melodrama que habita a nossa vida e os nossos sonhos quotidianos, atravessados por slogans poéticos e políticos em diálogo com jogos infantis. E mais... Esta é uma machinae inacabada out of the grid / out of the sight.

Cellarius Noisy is a meeting’s machinae of artists and creators out of the grid / out of the sight and of various and plural creativity, ideologies and means of expression. Cellarius Noisy integrates artists who, although they use social networks, refuse its normalization and its limits of expression and contents. This machinae is their secret room — a place to interact as they want, about what they want and with whom they want.

 

There are two golden rules: we want you to visit us and interact with us, but only those we invite to “live” here. Machinae’s artists refuse creative and aesthetic indigence and the defense or practice of ideologies that appeal to the violation of human rights, rather embracing the idea of ​​diverse and open humanity (including the right of anyone who is autonomous and freely willing to live as post-human). Here we will not convey exclusivist and integrator monocultural positions nor a relativistic and autistic multiculturalism. We defend interculturality, always seen as problematic and unfinished, centered around reciprocity and dignity.


In this machinae we want to live in the past, in the present or in the future or to travel between them. We do not believe in an artistic activity that is merely a reflex of civic and political action — it will not be art— but we also do not believe in the fallacy of art for art sake. Whatever else there is to say, it is up to each one.

 

The genetic code of Cellarius Noisy is part of its members’ experiences of the past in the fields of cinema, music, visual arts, multimedia art and writing. This is a machinae open to the multidimensional and the multimedia, dedicated to connecting our material and immaterial worlds, and exploring its potential for subversive enchantment and dismantling of artistic statutes.

 

For now, and in common, we have a love for the fury of the “romantic” avant-garde of the 20th century and for the imagery of counterculture, transformed, however, by adult malice, irony, disenchantment and even some black humor. We love hyperrealism and new technologies. We also love the wonderful trips offered by an imaginary that comes from Renaissance astronomy to adventurous music, passing through the multidimensional worlds of science fiction fascinated with technology, genetics, virology or changes in human’s condition and lifestyles.

 

This may be the time to look for the magic of adventurous thinking machines: that of the old ones that were lost, and those of the present and the future that will never be built. Or it may be the time to demand for somewhat fraudulent and awkward epic tragedies, walking hand in hand with the pathetic melodrama that inhabits our daily lives and dreams, crossed by poetic and political slogans in dialogue with children's games. And more ... This is an unfinished machinae out of the grid / out of the sight.

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